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Maior repositório de dados e informações técnicas (geofísicas, geológicas e geoquímicas) sobre as atividades da indústria de petróleo e gás natural no Brasil, o Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP), da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já atingiu a maioridade tecnológica em 17 anos de atividades.

Prova disso é o reconhecimento internacional das ferramentas criadas pela equipe do BDEP, para otimizar e garantir maior segurança no acesso às informações do acervo mais de seis petabytes de dados técnicos gerados nas atividades de prospecção petrolífera nas bacias brasileiras.

Somente nos últimos seis meses o BDEP disponibilizou para o mercado de óleo e gás três tecnologias inovadoras para uma indústria que demanda dados qualificados e precisos, de forma rápida e segura, quase em tempo real. Todas desenvolvidas nos ‘bastidores’ da agência, pelos profissionais do próprio BDEP, sozinhos ou em parceria com fornecedores de soluções, como a Halliburton-Landmark.

“Fizemos três lançamentos de serviços este ano: o EBID, o WebMaps e o Sistema de Controle de Qualidade Automatizado (ANP-QC). E todos tiveram grande receptividade e alto uso, como comprovam os relatórios gerados até agora”, afirma Cláudio Jorge Souza, superintendente de Dados Técnicos do BDEP.

Os serviços vêm sendo amplamente utilizados por operadoras, investidores, consultores e empresas de aquisição de dados (EAD) que precisam de mais informações sobre áreas de interesse para exploração (principalmente aquelas que estão sendo oferecidas no robusto cronograma de licitações da ANP até 2020).

Prospecção digital

O eBID, que disponibiliza o pacote de dados técnicos de cada rodada de licitações, em inglês e português, já comprovou ser uma ferramenta estratégica para investidores do mundo inteiro que desejam informações seguras e online sobre os ativos oferecidos nos leilões.

Lançado no dia 17 de maio, o eBID recebeu, até 21 de setembro, às vésperas da 14ª Rodada de Licitação, cerca de 1.500 acessos, oriundos de 27 países: desde parceiros tradicionais da indústria brasileira de óleo e gás, como Reino Unido, Estados Unidos, Noruega, França, entre outros, à União dos Estados Árabes, Qatar, Indonésia, Índia, Coréia do Sul, entre outros.

“Demos um salto de qualidade com essa ferramenta, que vem sendo usada desde a 11ª rodada, mas que era difícil de ser customizada, atualizada com os dados de cada leilão. Agora temo o eBID em uma nova plataforma, mais amigável e simples de operar, que pode ser atualizada rapidamente, agilizando o acesso aos pacotes de dados”, explica Cláudio Souza.

E com um grau maior de segurança da informação, interna e externamente. “Os pacotes ficam em um servidor apartado do BDEP, o que traz mais segurança da informação para a ANP. E são enviados por meio do SFTP (Secure File Transfer Protocol), que é uma ferramenta de tráfego de arquivos feito de forma mais segura pela internet”, complementa o superintendente adjunto da Dados Técnicos, Luciano Lobo.

Os dois revelam que a nova versão foi desenvolvida em tempo recorde, devido à iminência das rodadas que seriam realizadas pela agência. “O eBID foi desenvolvido em 23 dias úteis, dentro do BDEP, com a parceria da Halliburton, que tem contrato de desenvolvimento de ferramentas com a ANP”, afiançam.

A agilidade e rapidez nesse processo era necessária, como comprovam os acessos relacionados no relatório do Google Analytics. Das quase 1.500 sessões registradas, acima de dois terços foram acessadas a partir do Brasil – a maior parte do Rio de Janeiro. Mas houve interessados em 87 cidades, de 27 países em quatro continentes – Américas, Europa, Ásia e África. “O acesso foi de âmbito mundial, com operações de download realizadas de países como a Tailândia, França, China, Rússia, Cingapura”, revela Luciano Lobo.

“O eBID é um produto de excelência que a ANP oferece ao mercado, possibilitando que as empresas participantes das rodadas tenham acesso às informações de qualquer lugar do mundo”, comemora Cláudio Souza, afirmando que todos os participantes da 14ª rodada realizaram operações de download dos pacotes de dados. “A ANP acompanha os acessos e downloads realizados, qual empresa está fazendo o download e outras atividades, tudo de forma on time”.

WebMaps: em tempo real

Uma espécie de ‘porta de entrada digital’ da indústria de óleo e gás no Brasil, o WebMapsé a ferramenta mais recente lançada pelo Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP), da ANP.

“A principal inovação do novo WebMaps é informar a todos os atores interessados em dados de E&P quais os dados que o BDEP possui em seu acervo digital, com maior detalhamento, possibilitando ao usuário final identificar e solicitar a informação que necessita”, destaca Cláudio Jorge Souza, superintendente de Dados Técnicos do BDEP.

A ferramenta passou por um ‘super upgrade’ para possibilitar essa atualização permanente e o carregamento em alta velocidade do mapa, que mostra as áreas de informações públicas e confidenciais. “Esse é um canal de acesso para quem pretende investir nesse setor no Brasil”, afirma o superintendente adjunto de Dados Técnicos do BDEP, Luciano Lobo.

Segundo Cláudio e Luciano, a atualização no novo WebMaps é realizada em tempo real. Por enquanto não foram incorporadas informações sobre o status de produção dos poços, mas em breve esses e outros dados serão agregados, assim como informações ambientais.

Da mesma forma que o eBID, o novo WebMaps vem sendo acessado por países de todos os continentes, de acordo com os relatórios gerados pelo aplicativo Google Analytics. Lançado no final de julho, em menos de dois meses a ferramenta já registrava quase 1.800 acessos, de mais de 150 cidades de 26 países.

Com quase 250 acessos, os Estados Unidos sinalizaram no WebMaps o forte interesse de investidores daquele país, materializado na 14ª rodada, com a Exxom Mobil bancando 50% dos mais de R$3,6 bilhões em bônus por seis áreas da bacia de Campos. Pelos registros da ANP, todos os demais participantes também fizeram uso dessa solução, que mostra os campos em produção, poços exploratórios e de desenvolvimento, assim como as informações públicas e confidenciais de sísmica 2 e 3D, entre outras.

Ainda que a maior parte dos acessos tenha sido feito a partir do Brasil, o WebMaps foi visitado por investidores de grandes centros econômicos, como Londres, Nova Iorque, Paris, Beijing, Kuala Lumpur, e capitais do petróleo, como Stavanger (Noruega), Aberdeen (Reino Unidos) e Calgary (Canadá) a municípios menos conhecidos, como Evendale (EUA), Denpasar (Bali) ou a mineira Piumhi.

“Os novos eBID e WebMaps são instrumentos fortes de atração na medida que mostram às empresas interessadas o quanto o Brasil é atrativo para investimentos no setor de óleo e gás. Essas ferramentas facilitam a obtenção da informação, tornando esse acesso mais rápido e menos burocrático. Por meio delas, as empresas obtêm, no momento certo, todas as informações públicas disponíveis para estudarem as áreas em licitação”, conclui Cláudio Souza.

ANP-QC: tecnologia da qualidade

Considerada uma tecnologia disruptiva no Fórum Internacional de Inovação da Landmark, o Life – Landmark Innovation Forum & Expo, realizado em agosto, em Houston, Texas (EUA), o Sistema de Controle de Qualidade Automatizado (ANP-QC) é outra ferramenta que o BDEP disponibilizou para o mercado.

“Ela foi considerada uma tecnologia disruptiva, chamando a atenção de instituições de outros países, que não encontram uma solução similar relacionada a banco de dados de E&P”, frisa Cláudio Souza, superintendente de dados Técnicos do BDEP.

Totalmente automatizada, a solução reduz custos e tempo. O processo de checagem da qualidade de dados é feito pelas empresas, na própria base de dados da ANP. Somente os dados certificados, que atendem ao padrão de conformidade do BDEP, ingressam no banco de dados da instituição. O relatório online gerado pelo sistema permite que as empresas tenham acesso a informações de conformidade dos dados.

O que é altamente positivo para as empresas de aquisição de dados (EADs) e, principalmente, para as operadoras que têm contratos de concessão, uma vez que somente podem resgatar a garantia financeira quando recebem laudo de aprovação dos dados adquiridos dentro do Programa Exploratório Mínimo (PEM).

 “O nosso corpo técnico orienta as empresas quanto á utilização do ANP-QC. A operadora ou EAD baixam a ferramenta, processam os dados para ver se eles estão em conformidade com os padrões técnicos da ANP, para então enviar o HD com seus dados”, explica o superintendente adjunto, Luciano Lobo, observando quer, no futuro, tudo será online.

Embora tenha ganho maior visibilidade após noticiário na mídia, em setembro, desde abril essa ferramenta vem possibilitando à ANP gerar relatórios mais precisos de avaliação da conformidade dos dados sísmicos, poços e de métodos não sísmicos.

Esse trabalho, que era feito no passado e foi descontinuado, agora ganhou maior agilidade e precisão com a ferramenta de controle da qualidade de dados, desenvolvido em um ano e meio no BDEP, em parceria com a Landmark (Grupo Halliburton). E que já é uma referência no mercado.

Geofísica Brasil

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