Dolphin Group ASA, uma empresa de aquisição sísmica da Noruega, que mapeia o fundo do mar em busca de reservatórios de petróleo e gás, entrou com pedido de falência, vítima do colapso dos preços do petróleo.
A empresa sediada em Oslo, após meses de negociações, não conseguiu entrar em acordo com os detentores de bônus, bancos e outras partes interessadas em reestruturar sua dívida e sua estrutura de capital, e vai pedir falência nesta segunda-feira, conforme um comunicado da empresa. A negociação de ações da empresa, que cairam 96 por cento este ano, para 11 centavos de coroa, foi suspenso pela bolsa de valores de Oslo e da Autoridade de Supervisão Financeira.
"À luz da imprevisibilidade dos preços do petróleo e cortes subsequentes gastos dos nossos clientes, tornou-se impossível ter a visibilidade necessária para continuar o nosso negócio", disseram conjuntamente na declaração o presidente, Tim Wells, e o CEO (Chief Executive Officer), Atle Jacobsen.
A subsidiária Dolphin Geophysical AS também vai apresentar uma petição de falência ao tribunal relevante, disse a empresa.
As companhias de petróleo reduziram os gastos assim que os preços do petróleo caíram em cerca de 67 por cento desde junho de 2014, reduzindo a demanda por serviços e equipamentos de empresas que vão desde aquisições sísmicas a empresas de engenharia e de perfuração offshore.
A francesa CGG SA propôs na semana passada a venda de até de 350 milhões de euros (US$ 383 milhões) de novas ações, enquanto a Petroleum Geo-Services ASA levantou cerca de 920 milhões ($ 106.000.000) de coroas em uma venda de ações em novembro.
A Polarcus Ltd., uma outra empreiteira de sísmica cotada na bolsa de valores de Oslo, informou na semana passada que iniciou conversações com bancos e detentores de bônus para reestruturação da dívida e suspendeu todos os pagamentos de juros e amortizações.
O Grupo Dolphin teve altos títulos sem garantia no montante de 900 milhões de coroas e uma capitalização de mercado de 45,7 milhões de coroas no fechamento do mercado em 11 de dezembro
TGS deve fechar operações no Brasil
Rumores no mercado brasileiro de sísmica para óleo e gás indicam que a TGS deverá iniciar 2016 com o escritório de operações de aquisição no Brasil fechado, segundo uma fonte.
O motivo pode ser atribuido ao insucesso de um de seus principais objetivos comerciais no país. A empresa não conseguiu atrair compradores para um projeto multiclientes de aquisição sísmica 3D (batizado de Olho de Boi) ao norte do bloco offshore BM-C-33, da Bacia de Campos. Uma das possíveis causas da falta de interesse do mercado pode ter sido que a ANP não incluiu esta área na 13ª rodada de licitação, em outubro passado.
Após dois anos difíceis para a empresa, a TGS deverá fechar as operações no Brasil, mantendo apenas o setor de contabilidade em funcionamento.
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