Nova geração de equipamentos para aquisição terrestre

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Entrevistas

Criado em 11/12/2013

Promover o 508 XTech, a mais nova geração de sistemas de aquisição de dados sísmicos terrestres para as companhias de petróleo e as empresas de aquisição de dados (EAD) que atuam no Brasil. Este foi o objetivo principal da visita que três executivos da Sercel realizaram ao Rio de Janeiro, no início de novembro.

No grupo liderado pelo vice presidente da Sercel para Vendas e Marketing, Robin Ellis, (centro) estavam também o diretor de Vendas Pete Shelton (esquerda) e o novo gerente de Vendas e Marketing – Brasil, Eric Lanoes

A marca foi registrada como XTech^TM ou XT (pronuncia-se cross-tech) e o 508XT se caracteriza pela quebra de um paradigma. O sistema de aquisição terrestre que tem pela primeira vez, lado a lado, o tradicional arranjo de cabos e o moderno wireless (sem fio).

No mesmo sistema de aquisição convivem sensores interligados por cabos e pequenas células conectadas sem fio que gravam e armazenam dados em tempo real através de sinais de rádio frequência como de um celular.

A arquitetura do 508XT combina o melhor de duas tecnologias, sem fio e a cabo, apresentando um novo nível de flexibilidade de aquisição, confiabilidade operacional para qualquer tipo de geografia, clima e meio ambiente.

Simultaneamente ao 508XT, a Sercel lançou também o QuietSeis, um novo sensor digital de alta performance baseado na nova geração de acelerômetros MEMS. Ele permite que os sinais sísmicos gravados tenham um nível de ruído do instrumento três vezes inferior do que qualquer sensor da geração anterior.

Robin Ellis, vice-presidente de Marketing e Vendas da Sercel, disse: "É um grande avanço tecnológico em matéria de sensores. Isso significa que o sensor pode ser usado em qualquer lugar do mundo para registrar dados de banda larga. Combinando com a arquitetura 508XT, estamos ansiosos para constatar o que estas tecnologias poderão oferecer juntas."

Vantagens e desvantagens

A Sercel tentou reunir o melhor de cada sistema graças a uma tecnologia inteligente de rede. Trabalhar sem cabos permite aumentar as taxas de produtividade e reduzir a zero o tempo de parada nas operações de aquisição no campo. No sistema a cabo convencional, sempre que um deles se rompe por algum acidente a operação é interrompida para reparos. No 508XT não é necessário parar devido à introdução do conceito de "node". Mesmo que algum cabo seja danificado, os nódulos posicionados ao longo do arranjo sísmico continuam gravando dados de modo autônomo. Há uma redundância e a gravação de dados é reorientada, passando a sua armazenagem a ser feita em uma memória interna local. Desse modo o operador poderá decidir se interrompe a aquisição para substituir o cabo danificado ou se convenientemente prossegue na operação, sem perder tempo, utilizando o modo wireless.

Por outro lado, uma das desvantagens do sistema wireless é ter, em certo ponto, um controle limitado de qualidade do dado devido à natureza autônoma da transmissão entre nódulos via sinais de rádio.

Seu peso mais leve permite o aumento da produtividade da equipe e a redução de custos de aquisição. A combinação de dados, transmitidos, ora sem fio por nódulos, ora via cabo, permite um contínuo monitoramento e o controle de qualidade tanto do dado como da transmissão. E o sistema ainda consegue acomodar uma diversidade ampla de sensores (1C, multicomponentes, digitais ou analógicos). Mesmo nos segmentos autônomos dos nódulos, usando links de rádio frequência (RF), é possível saber se um cabo foi danificado ou se uma bateria precisa de substituição.

Um milhão de canais

O 508XT requer apenas uma bateria por nódulo, e cada um deles, por sua vez, pode conectar-se a até 100 canais, reduzindo desta forma, dramaticamente, o número total de baterias necessário. O 508XT será pioneiro e tem capacidade para oferecer até um milhão de canais em tempo real. A Sercel hoje já participa de licitações no Oriente Médio para sistemas com 200 mil canais ou mais.

Robin Ellis, da Sercel, acredita que no Brasil não há áreas tão amplas para arranjos dessa envergadura, mas será perfeitamente possível montar equipes com 15 mil ou 20 mil canais em ambientes extremos, inclusive como os da Floresta Amazônia. "Seria bom para os geofísicos, pois aumentando a densidade melhora-se a resolução e a qualidade dos dados registrados pelo sistema", afirmou.

História de orgulho

Segundo Ellis, a Sercel se orgulha de sua história que remonta à década de 1960. Muitas gerações de sistemas de aquisição foram desenvolvidas pela empresa e viraram padrão da indústria como, por exemplo, os sistemas 348, 368, 388, 408 e mais recentemente o 428. São sistemas que superaram os anteriores em ciclos de 6 a 7 anos, quando a tecnologia avança. E para a Sercel este ciclo acaba de dar mais um passo com o mais novo sistema de aquisição terrestre o 508XT lançado em Houston, no Congresso Internacional 2013 da SEG.

"O sistema estará disponível para os clientes em 2014. Estamos promovendo o produto no Brasil porque acreditamos que este será o sistema ideal para qualquer tipo de ambiente brasileiro, inclusive na Selva Amazônica", afirmou Robin Ellis.

Geofísica Brasil