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A quantidade de sondas utilizadas no offshore brasileiro para perfuração de novos poços retornou ao nível de 2008. Desconsiderando trabalhos de workover e intervenção em poços, 46 sondas offshore atuaram na perfuração de 99 poços em 2015, um encolhimento do mercado em 33% em relação ao ano anterior.

A demanda retraiu não apenas pela menor da demanda da Petrobras, em queda desde 2013, mas também pela, praticamente, inexistência de projetos de outros operadores no offshore, demanda impactada pela decisao do governo federal de nao realizar leiloes de blocos exploratórios por cinco anos consecutivos.

A quantidade de sondas operando em contratos não-Petrobras subiu consistentemente entre 2006 e 2011, graças a pulverização de áreas de exploratórias - licitadas no início da década passada - entre as diferentes empresas. A consistência dos leilões de blocos, iniciados em 1999, e mantidos somente até a 10ª rodada, em 2008, deu fôlego para a indústria até 2011, quando 12 operadores contratam no offshore e 92 poços foram perfurados por empresas que não a Petrobras.

Para o mercado de sondas significou perder uma demanda que no auge contratou, em média, 15 sondas por ano e, em 2015, foi atendida com apenas quatro unidades. As únicas campanhas privadas de exploração no ano foram a avaliação das descobertas que a Karoon fez na Bacia de Santos (fora do polígono do pré-sal), que demandou quatro poços; e perfuração de dois poços pela Repsol Sinopec em Pão de Açúcar, no pré-sal de Campos.

Outro sintoma dessa crise é demanda cada vez menor e mais concentrada na Petrobras, que já tinha ocorrido em 2014 e se intensificou no ano passado. A estatal, que elevou rapidamente a demanda por sondas após a descoberta do pré-sal, respondia por 81% das contratações de sondas em 2012, quando 72 sondas atuaram no Brasil. Em 2015, com a frota encolhida para 46 unidades, Petrobras deteve 93% dos contratos, combinando no Brasil a fase ruim do mercado global com a dependência de um só contratante.

Perfil da frota

O último ano também foi o de maior concentração de poços perfurados em águas ultraprofundas da história. Dos 99 poços perfurados, 62 (63%) foram em lâminas d’água superiores a 2 mil m, refletindo, principalmente, a demanda da Petrobras pelo desenvolvimento de áreas no pré-sal de Santos. Novos poços em águas rasas, até 400 metros, representaram 17% e poços em cota intermediária e profunda, 20% da demanda.

Isso também significou a concentração geográfica do mercado na Bacia de Santos, que pela primeira vez, superou Campos. Em 2015, foram perfurados 50 poços em Santos e 36 em Campos, sendo que, historicamente, esta bacia chegava a ter mais de 100 poços perfurados por ano.

45 poços exploratórios em 2016

A Petrobras planeja perfurar 13 poços marítimos em 2016. Em 2015, a previsão da estatal era perfurar 43 poços, mas foram perfurados apenas 18 poços de exploração e 14 especiais, de acordo com a ANP. O orçamento para este ano será de R$ 4,4 bilhões, ante R$ 9,2 bilhões no ano passado.

Em terra, a companhia contará com orçamento de R$ 905 milhões para perfurar 32 poços. Em 2015, a estatal contou com orçamento de R$ 1,2 bilhão para um planejamento que previa a perfuração de 49 poços onshore. Mas, segundo a ANP, a estatal perfurou 43 poços no ano passado (30 de exploração e 13 especiais).

A previsão faz parte da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016, que foi publicada nesta sexta-feira (15/1) no Diário Oficial da União.

O orçamento total previsto para a empresa no ano é de R$ 59 bilhões.

Brasil Energia Petróleo 

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