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OGX obtém licença ambiental para produção no campo
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- Criado em 02/12/2013
A OGX, petroleira do empresário Eike Batista, recebeu o aval do Ibama para iniciar a produção nos blocos BM-C-39 e BM-C-40, no campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos (RJ). A licença de operação do órgão ambientai era a última pendência para a retirada do primeiro óleo da área, a grande aposta da companhia para se reestruturar em meio ao processo de recuperação judicial.
O campo passou a ser a única esperança de produção relevante da OGX.
Os planos para os campos de Tubarão Tigre, Areia e Gato caíram por terra e a empresa anunciou também a suspensão da produção de Tubarão Azul a partir de 2014.
Assinado ontem pelo presidente do Ibama, Volney Zanar-di Júnior, o documento dá sinal verde para as atividades de "desenvolvimento e escoamento" de petróleo no campo até 28 de novembro de 2017. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) aguarda que a OGX apresente uma revisão do plano de desenvolvimento de Tubarão Martelo até 31 de dezembro de 2014, mas isso não impede o início da produção no local.
A boa notícia veio em meio a uma nova rodada de negociações com os detentores de bônus internacionais da OGX. O objetivo da Angra Partners, que conduz o processo de reestruturação do grupo X, é que, além de converterem sua dívida de US$ 7,9 milhões de barris é a estimativa da consultoria DeGolyer & MacNaughton para a reserva de Tubarão Martelo em outubro, uma projeção que corresponde a menos de um terço do estimado em 2012.
O acordo para converter em participação acionária as dívidas dos principais credores da petroleira diluirá a menos de 5% a posição de Eike na petroleira. O empresário, entretanto, permanecerá como importante acionista indireto. Ele tem 66% na OSX, dona de uma dívida estimada em R$ 2,4 bilhões na lista de credores da OGX.
A OGX, que amargou prejuízo de R$ 2,1 bilhões no terceiro trimestre, prevê ficar sem caixa na última semana de dezembro. No pedido de recuperação judicial, a OGX afirma que Tubarão Martelo poderá gerar receitas de US$ 11 bilhões, sem especificarem que período. No processo, a companhia registra dívidas de R$ 11,2 bilhões.
Procurada, a OGX declarou apenas que "o primeiro óleo ocorrera no 4° trimestre de 2013". A plataforma OSX-3, que fará a operação do campo, está pronta para entrar em atividade. Segundo uma fonte, a OSX – dona do equipamento OGX – já poderia cobrar a taxa diária de afretamento, cuja média é de US$ 383 mil. A OSX-3 tem capacidade para armazenar produção diária de até 100 mil barris.
Na semana passada a malaia Petronas desistiu da compra de 40% de Tubarão Martelo. O negócio seria de US$ 850 milhões. O caso vai a litígio.
Reservas
Em outubro a OGX informou que as reservas de Tubarão Martelo correspondem a menos de um terço do que o estimado em 2012. Na época, a companhia divulgou que as reservas somavam 285 milhões de barris de óleo equivalente. Novo relatório da consultoria DeGolyer 8c MacNaughton (D8cM) apontou que os blocos têm reservas de 87,9 milhões de barris.