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Parnaíba parte após 60 anos

Anterior à criação da Petrobras – o primeiro poço na região foi perfurado em 1951 –, os trabalhos exploratórios na Bacia do Parnaíba começaram a gerar seus primeiros resultados no último mês. Foi quando a OGX deu a partida na produção de gás natural do campo de Gavião Real, no Maranhão, para comissionar o sistema de produção, inclusive a unidade de tratamento de gás (UTG). E em janeiro, a petroleira inicia o aproveitamento comercial do energético, que será utilizado pela termelétrica Parnaíba I, de 676 MW, em Santo Antonio dos Lopes, projeto da coligada MPX e da Petra que vai gerar energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN) e que será a primeira térmica a gás natural a operar em território maranhense.

A OGX opera seis blocos exploratórios no Parnaíba, além de dois campos – Gavião Real e Gavião Azul –, ambos na área do bloco PN-T-48, em parceria com a Petra (70% OGX, 30% Petra). As áreas somam 24,5 mil km², uma região maior do que o estado de Sergipe. Os campos foram declarados comerciais em maio do ano passado. A empresa estima que os dois tenham 200 milhões de barris de óleo equivalente (BOE) recuperáveis e que, juntos, venham a produzir algo em torno de 6 milhões de m³/dia de gás no próximo ano.

Para se ter ideia do que isso pode representar, se atingisse essa meta hoje o complexo da OGX seria a maior área de produção de gás natural em terra do país, superando o campo de Urucu Leste, atualmente o maior produtor onshore de gás do Brasil, com 5,7 milhões de m³/dia.

O projeto recebeu investimentos da ordem de R$ 450 milhões. Toda a operação da planta de produção de gás natural ficará a cargo do consórcio Valerus-Geogas. O contrato, assinado em novembro do ano passado, tem validade de quatro anos, podendo ser renovado. A planta de produção foi construída em tempo recorde – sete meses – e pode ser replicada em outros campos terrestres.

O primeiro poço exploratório da Bacia do Parnaíba foi perfurado em 1951, no mesmo governo de Getúlio Vargas que, dois anos depois, criaria a Petrobras. O poço resultou seco. De lá para cá, outros 78 poços foram perfurados na região, a grande maioria também secos.

Esforço exploratório

A OGX trabalha hoje com um opex de US$ 0,30/1.000 pés cúbicos para os campos. Além de Gavião Real e Gavião Azul, a empresa enviou à ANP os Plano de Avaliação da Descoberta (PAD) dos poços OGX-91D e OGX-95.

"O Brasil tem grande potencial de petróleo e gás ainda não explorado. As novas fronteiras são uma grande oportunidade para diversificar portfólio e explorar áreas com forte potencial, além de gerar desenvolvimento para outras regiões do país", afirma o diretor de Produção da OGX, Reinaldo Belotti.

A petroleira mantém cinco sondas operando na bacia, sendo três de perfuração e duas de workover. Quatro dessas sondas têm contratos vencendo ao longo de 2013. Para o próximo ano, estão previstos 15 novos poços pioneiros exploratórios.

Geração de energia

O início da produção de gás no Parnaíba também marca o princípio da geração de energia a partir da UTE Parnaíba I, que recebeu investimentos de R$ 1,3 bilhão. Além de ser a primeira térmica a gás do Maranhão, a usina marca outro pioneirismo: é a primeira planta desse tipo no Brasil a não precisar da Petrobras para garantir o abastecimento do energético.

Está em curso ainda a construção de Parnaíba II (517 MW), prevista para partir em janeiro de 2014. Quando as duas térmicas estiverem operando, a capacidade instalada será de 1.193 MW e o volume de gás natural demandado será de 6 milhões de m³/dia – o total previsto para Gavião Real e Gavião Azul. Com isso, o complexo termelétrico Parnaíba se tornará também a maior térmica a gás do país, superando a UTE Leonel Brizola, da Petrobras, no Rio de Janeiro, de 1.058 MW.

As usinas serão interligadas ao SIN por meio do seccionamento da LT Miranda-Presidente Dutra-Miranda, de 196 km, em 500 kV, da Eletronorte, que passa ao lado do terreno do complexo.

Ao todo, a MPX possui licença de instalação para até 3.722 MW de geração térmica a gás. A companhia já anunciou que vai participar com 363 MW térmicos nos leilões A-3 e A-5, previstos para dezembro, relativos a um possível fechamento do ciclo de Parnaíba I.

Informações técnicas

A GE é responsável pelo fornecimento dos equipamentos eletromecânicos das duas fases de Parnaíba. São quatro turbinas 7FA a gás (com 169 MW cada) na primeira fase. A eficiência da usina será de 38%, média do mercado. A construtora da usina é a Duro Felguera. O financiamento do BNDES relativo ao investimento na planta deve ser aprovado até o fim deste ano.

A empresa espera, ainda, autorização do MME para exercer opção de compra da UTE Nova Venécia (169 MW), do grupo Bertin, comercializada em 2008 e que deveria entrar em operação em janeiro próximo. Se tudo der certo, a MPX planeja acrescentar essa capacidade à UTE Parnaíba I, que passaria a ter 845 MW. Com isso, a potência total do complexo subiria a 1.362 MW.

A segunda unidade do complexo Parnaíba demandará igual volume de aportes e está sendo construída pela Initec Energia. A usina terá duas turbinas a gás de 169 MW – uma delas já em fase de montagem – e uma a vapor de 184 MW. A energia de Parnaíba II foi comercializada no leilão de 2011.

A MPX tem 70% de participação nos projetos, e os 30% restantes são da Petra Energia.

Brasil Energia - 29/11/2012 - Elisa Soares e Felipe Maciel

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