Presença - O Brasil mantém desde 1984 na Ilha do Rei George (a 2,5 mil km do local onde foi instalado o Criosfera 1), a Estação Antártica Comandante Ferraz. Na avaliação do geólogo, a fixação do módulo estabelece novo estágio do Programa Antártico Brasileiro (Proantar). "Chegamos ao ponto de amadurecimento de fazer ciência de vanguarda na Antártica", comemora. Em dezembro (verão no Hemisfério Sul), os brasileiros voltam ao módulo científico para manutenção e instalar sensores para medir a recepção de raios violetas.
O laboratório levado em janeiro pesa cerca de quatro toneladas e tem 12 metros de comprimento, é alimentado por energia solar e eólica, conforme a estação do ano. O Criosfera 1 foi desenvolvido por 18 meses pelo Inpe, pelas universidades Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
Além dessas instituições, há pesquisadores no projeto vinculados às universidades federais Fluminense (UFF), do Rio Grande (Furg), de Viçosa (UFV), ao Observatório Nacional (ON) do Rio de Janeiro, ao Centro de Estudos Científicos e Instituto Antártico Chileno.
O desenvolvimento e a fixação do módulo custaram R$ 2,5 milhões, recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), por emenda da Frente Parlamentar em Apoio ao Proantar. Segundo Simões, 80% do valor foram gastos com a logística de transporte e a instalação do equipamento. Por ano, serão gastos cerca de R$ 500 mil com a manutenção - há recursos assegurados por três anos. (Com Gilberto Costa da Agência Brasil – EBC)
Assessoria de Comunicação Social do CNPq - 13/02/2012